Monday, January 31, 2005

Coerência é tudo, pessoal.

Mãe - Ju, você não tem que trabalhar amanhã?
Ju - Sim, por quê?
M - Já é uma da manhã!
J - Já vou dormir, mãe...
M - É melhor que vá logo mesmo, senão eu não consigo levantar amanhã pra te levar.

Monday, January 17, 2005

"Oi, eu vou estar trabalhando aqui à noite, agora, e vou estar cuidando das matrículas, caso alguém se interesse."

E eu vou estar matando essa mulher.
Analise a situação a seguir e assinale a alternativa correta:

"Julia, você aceita ficar no meu turno, e fazer, no total, 12 horas de trabalho seguido, bem remunerado e com boa alimentação paga, com essas criancinhas queridas?*".

( )"Não posso, eu ouvi minha mãe me chamando, dá licencinha..."
( )"Não, regime semi-escravo não é comigo"
( )"Não, obrigada"
( )"Nem fodendo!"
( )Todas as alternativas acima

e eu respondi errado.

*Ironia propositalmente colocada por mim para acentuar minha dúvida.

Saturday, January 15, 2005

Big Brother Celebrity:

"Apesar de fortes rumores de que Pete Doherty iria aceitar ficar duas semanas trancado em uma casa como cheia de celebrities britânicas por 1 milhão de libras (!), ele aparentemente desistiu na última hora. No seu lugar, puseram o Bez, o dançarino e tocador de maracas (e aparentemente principal fornecedor de drogas e organizador de baladas ) do histórico Happy Mondays. O cara foi o destaque do primeiro episódio, ainda mais louco e sem noção do que o Ozzy Osbourne. Já é líder da bolsa de apostas."

PS: daqui, ó

No soup for me

Esses dias tava passando o episódio do Soup Nazi e eu tive que sair pra trabalhar.

Ah... o que a gente não faz por dinheiro.

Friday, January 14, 2005

Cinco elefantes incomodam muita gente, "Elefante" incomoda incomoda incomoda incomoda incomoda muito mais.

Incomoda, impressiona, maravilha e assusta.
Três lições:

Eis que hoje, como em todos os outros dias, eu fui a primeira a chegar; já que depois de dois dias brincar de Dawn of the dead perde um pouco a graça, eu fui esperta e levei um jornal. Passei uns quinze minutos lendo no semi-escuro, até que uma das meninas com quem eu trabalho chegou. Nem uma única alma infante chegou até onze (onze) horas. Primeira lição: chegar adiantada (ou na hora, que seja) só serve pra tirar meu sono.

Quando o amigo que me arranjou esse trabalho me disse que era "uma hora de almoço pago pela organização", eu devo ter entendido errado, já que no primeiro dia tive uns dez minutos de almoço, às quatro da tarde (também conhecida como "a hora na qual eu deveria ir embora"), e no segundo, quinze minutos num cantinho, comendo um X-salada de R$1,20. Já hoje foi excepcional: lá por duas da tarde, eu e as meninas começamos a sentir falta do nosso organizado organizador, que supostamente levaria nossos almoços. Supostamente, eu disse. Nossos almoços são como a terra perdida de Atlântida: dizem que existe, que tá em algum lugar do mundo, que já viram e têm provas. Mas é tudo balela.
Ligamos pro O.O. sete vezes, e ele sempre "estava chegando". Desde as três horas. É. Quinze pras cinco, a hora que eu fui embora, ele ainda "estava chegando". Segunda lição: Não confie muito nos outros, pois você provavelmente vai acabar andando 23 quadras no sol sem comer a oito horas, e isso não é uma diversão das maiores. Tá no páreo entre depilação e ser açoitado como Jesus no filme do churrasquinho do Mel Gibson.

Mas a sorte é que papai é um cara legal e me deu duas ameixas antes de eu sair de casa. Mas o azar é que eu sou generosa e dividi as duas (pequenas) ameixas entre quatro pessoas. Terceira lição: generosidade é uma coisa boa, mas não mata a fome.

PS: post escrito ontem. Hoje eu descobri que o O.O. chegou com a comida (almoço, lembrem-se disso) seis e meia da tarde. Leis trabalhistas, onde estão vocês?

Tuesday, January 11, 2005

A day in the life

Sabe quando você é criança e a mamãe te leva em lugares que têm parquinho e mocinhas que brincam com as criancinhas, fazem desenhos nos rostos e cuidam dos diabinhos enquanto as mamães relaxam?
Então...
Nunca imaginei - e penso que vai ser um grande choque para quem me conhece (e sabe do meu grande amor por crianças – que eu me tornaria uma dessas mocinhas. O que o dinheiro não faz com as pessoas, né?
Pois então que eu chego para o meu primeiro dia de "trabalho" no horário combinado, quinze pras dez, depois de ter andado apenas dez quadras debaixo de um calor escaldante. O shopping estava fechado. Depois de alguma luta com o segurança, consegui entrar. NENHUM dos organizadores ou qualquer pessoa que ao menos soubesse o que iria acontecer estava lá. Jóia. Passei uma hora sozinha, dando voltas em um shopping vazio. A própria Srta. Dawn of The Dead. Finalmente encontrei uma das meninas que ia trabalhar lá também. Ficamos até meio dia e meia esperando pelo querido e organizado organizador. Carregamos alguns quilinhos de brinquedos, mesas, uma cama elástica (lembrete: carregar e "construir" camas elásticas não é uma opção de carreira), as crianças começaram a chegar. Minha amiga desenhou uma joaninha na minha bochecha. Uma gracinha. Não teve uma alma que não riu da minha cara. As crianças foram, de longe a parte menos cansativa do dia. Divertidas, até. Não me perguntem, eu também não entendo.
Almocei (de graça, pelo menos) às quatro horas e andei dois quilômetros e meio até a minha casa.
O que a gente não faz por dinheiro.