Thursday, December 30, 2004

Melhores e piores - 2004

Melhor banda do primeiro semestre do ano:
Franz Ferdinand

Melhor banda do segundo semestre do ano:
The Killers/TV on the radio

Pior banda do primeiro semestre do ano:
Dogão

Pior banda do segundo semestre do ano:
Hoobastank/Yellow Card

Não ouvi e gostei:
"From a basement on a hill", CD póstumo de Elliott Smith

Não ouvi e não gostei:
"MTV ultimate mash-ups", Linkin Park e Jay-z

Melhor música-surpresa (normalmente não ouviria e não saberia o que estava perdendo) do ano:
"Fit but you know it", The Streets

Pior música-surpresa (era pra ser bom, mas acabou não fondo) do ano:
CD novo do Ryan Adams; uma ou outra se salva.

Pior versão:
Aquela versão escrota de "Satellite of love" que toca em uma novela da globo. E uma versão escrota de "seven nation army", na mesma maldita novela.

Melhor versão:
"Clampdown", original do Clash, versão do Strokes

Melhor filme do primeiro semestre do ano:
Kill Bill/Peixe Grande

Melhor filme do segundo semestre do ano:
Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Pior filme do primeiro semestre do ano:
Paixão de Cristo

Pior filme do segundo semestre do ano:
Tróia

Não vi e gostei:
Elefante

Não vi e não gostei:
Cazuza- o tempo não pára

Melhor filme-surpresa (era pra ser ruim, mas acabou não fondo) do ano:
O efeito borboleta

Pior filme-surpresa (era pra ser bom, mas acabou não fondo) do ano:
Garfield - o filme (explicação: eu já esperava que fosse ruim, mas poderia ser bom, se não fosse tão porcamente feito)

ASSUNTOS ALEATÓRIOS:

Mortos que farão falta:
Marlon Brando, Johnny Ramone. Ray Charles.

Mortos que não farão falta:
Ronald Reagan, Yassr Aarafat, só por causa da descrição do Cocadaboa:"Finalmente, após uma morte lenta, chata e mais previsível do que o final da novela das 8, o líder palestino Yasser Arafat passou dessa para melhor fazendo a alegria de milhões de judeus ao redor do mundo".

Momento bizarro, porém hilário:
O cantor do Flaming Lips andando em cima da platéia dentro de uma bolha de plástico. Mamãe, posso fazer isso também?


PS: Pouco me importa qualquer discrepância em relação aos semestres citados. Na lista só entraram coisas que foram lançadas/apareceram na mídia neste ano, mas os semestres mostram quando ouvi/assisti os eleitos, e não o seu lançamento.
Família emburrece.

Então, férias é sinônimo de irmã-que-faz-faculdade-fora-vir-pra-casa, e isso é sinônimo de convivência com esta pessoa que eu amo muito, apesar de ela ter quebrado meu dente quando meteu minha cabeça na pia quando éramos crianças. Estou divagando. Desculpem. Desde a chegada dela esqueci de uma palavra. Faz três semanas que eu tento lembrar a palavra que eu queria usar se não tivesse esquecido. Hoje eu descobri qual é a palavra:

ABREVIAÇÃO

Tchana-nan!
Adeus ano velho, feliz ano novo

Fim de ano é a mesma coisa desde que me conheço por gente: retrospectivas (muitas retrospectivas), com "ano que vem vai ser tudo melhor", "todo mundo quer paz", "a economia brasileira melhorou, o desemprego diminuiu e ano que vem ela crescerá mais ainda", destastres naturais, morte, desgraça e sangue. Bastante sangue.
Tá. "Ano que vem" é só o fim de mais um ciclo completado pelo nosso singelo planetinha. Isso não significa necessariamente grandes mudanças, além das naturais, causadas pela passagem de tempo, e não do ano em si. Ah é, todo mundo quer paz? Os chechenos e russos e americanos e cariocas e iraquianos e israelenses e HUMANOS querem mesmo? Tudo mentira. Muita gente não tem mais estômago pra violência e clama por paz? Sem a mínima dúvida. Isso significa que a humanidade aceita as diferenças, e pára por um instante de pensar no próprio bolso em prol da paz? É CLARO QUE NÃO.
A economia cresceu e o desemprego diminuiu? Legal. Deve ter sido eu que não prestei atenção suficiente pra perceber isso, claro...

Mas nada disso importa. Ano que vem tudo será melhor.

PS: Quando o Cornelius apareceu na retrospectiva, minha mãe perguntou quem era ele, e o que tinha acontecido. Mamãe Baratto, uma pessoa deveras informada.

Wednesday, December 22, 2004

É pra isso que o orkut serve:

Top 5 tópicos pitorescos para lista


Tuesday, December 21, 2004

Essa música é muito boa.

A melhor coisa dela é que quando a ouço, lembro daquela (maravilhosa) cena do baile funk de Cidade de Deus... Tentem fazer algum tipo de coreografia a lá kung fu. Risos garantidos ou sua dignidade de volta.

Kung Fu Fighting - Carl Douglas

Everybody was kung-fu fighting
Those cats were fast as lightning
In fact it was a little bit frightning
But they fought with expert timing

They were funky China men from funky Chinatown
They were chopping them up and they were chopping them down
It's an ancient Chineese art and everybody knew their part
From a feint into a slip, and kicking from the hip

Everybody was kung-fu fighting
Those cats were fast as lightning
In fact it was a little bit frightning
But they fought with expert timing

There was funky Billy Chin and little Sammy Chung
He said here comes the big boss, lets get it on
We took a bow and made a stand, started swinging with the hand
The sudden motion made me skip now we're into a brand knew trip

Everybody was kung-fu fighting
Those cats were fast as lightning
In fact it was a little bit frightning
But they did it with expert timing

Crer ou não crer, eis a questão

As pessoas têm o estranho costume de taxarem as opiniões contrárias às suas como erradas, já que, "é claro" que se alguém pensa diferentemente do que é de comum acordo, essa pessoa vai violar e subverter todas as idéias nas quais a pessoa crê. O que mais me surpreende nisso é que as pessoas, na maioria das vezes, não têm um mínimo de respeito ou ao menos critério para perceberem que a opinião, escolha, julgamento do outro não diz respeito a ninguém senão ela mesma, e no máximo a alguns que serão afetados por essa escolha.
Comecei me explicando justamente porque cansei de me explicar. Ironia à parte, o porquê do post é simples: fiz a bela besteira de anunciar ao mundo (ok, a algumas pessoas) que eu, ao contrário de 99, 9% da população mundial, não acredito em Deus. Uma das pessoas me perguntou se eu havia "desacreditado" em Deus por algum motivo (exemplo: quantos casos de câncer na família vocês têm? Ah tá então, nem me façam começar). Eu realmente parei para pensar por alguns instantes para responder à pergunta; minha conclusão foi que não, não é por isso. Na verdade, não há um motivo específico para a minha não-crença. Nunca fui religiosa, mas sempre acreditei em alguma força maior. Conforme fui crescendo e desenvolvendo senso crítico, passei a desacreditar completamente em religiões, em geral, e ainda mais em igrejas.

Parênteses necessários

DESACREDITAR, eu disse. Isso não significa que eu criticava (ou critico) pessoas que vão à igreja, lêem a bíblia ou qualquer outro livro sagrado ou têm uma crença diferente da minha.

Fim dos parênteses necessários

Essa escolha de não acreditar em Deus me mostrou o quanto as pessoas são intolerantes em relação a qualquer coisa que vá contra o que elas crêem, julgam sem saber de toda a história, e fazem qualquer um se sentir um lixo para que a sua verdade prevaleça (e perceba que este é o motivo para a grande maioria dos conflitos, desde que o mundo é mundo).
Alguns dos meus amigos mais queridos são evangélicos (do tipo sério, não do tipo que vende sabão de descarrego – ainda bem...), e eu nunca cheguei neles dizendo "olha, eu não acredito em Deus, a idéia não entra na minha cabeça. Me explique o porquê de você acreditar, me dê provas concretas, me dê algo pra que eu não te ache um banana completo". Nunca fiz nada do gênero. E apesar disso, já perdi as contas de quantas vezes tive que tentar explicar daonde eu acho que surgiu o universo, a Terra, a humanidade, as árvores, a música, o chocolate. Só porque a minha idéia não é a mesma dos outros sou praticamente crucificada, porque acham que por esse motivo eu não tenho moral, esperança, bondade ou qualquer qualidade que poderia ser relacionada à religiosidade. Ao menos não sou hipócrita, não faço como muitas pessoas*, que têm a cara de pau de seguir os mandamentos (na visão pública, pelo menos), pagar o dízimo, ir à igreja, "acreditar" em Deus e não praticam nada do que poderiam aprender com tudo isso.
E ao menos não julgo os que pensam diferentemente de mim, e sim aceito que as pessoas são diferentes umas das outras, e não se pode esperar que todas tenham uma visão de mundo igual. Pelo menos nisso acho que as pessoas deveriam concordam em uníssono.


*Por favor não me entendam mal, eu tenho total consciência que não são todas as pessoas que fazem isso; estou me referindo especificamente àquelas que têm esse comportamento.

Saturday, December 18, 2004

Aprenda a consolar o seu melhor amigo, que está triste e deprimido, pela internet:

"Me imagine dançando polca ao som de festa no apê"

É bem provável que a pessoa ria, ao menos. Melhor que nada.

Wednesday, December 15, 2004

Dawn of the super-olympic zombies

Hoje assisti a refilmagem de dawn of the dead ("madrugada dos mortos" me parece meio besta, não sei por que), pioneiro clássico do cinema terror-trash. Confesso que, quando assisti o original, dormi, mas não por tédio, por sono, mesmo, então não posso fazer muitas comparações entre dawn-velho e dawn-novo, mas isso não me impede de ao menos tentar. A história básica do(s) filme(s) é basicamente a mesma: o mundo é tomado repentinamente por zumbis que se alimentam de carne humana. Não é dada explicação alguma sobre o porquê disso, só é citado, em ambos, que o inferno ficou cheio, e por isso os mortos não têm para onde ir (detalhe: no novo filme, quem diz isso na televisão é um pastor, interpretado por Ken Foree - desculpa, Kofi - que fez o policial no filme original), para se proteger, um grupo de pessoas se refugia num shopping e tenta sobreviver.
Primeira coisa que salta aos olhos: os zumbis, ao contrário de em todos os outros filmes do gênero, não andam lenta e desengonçadamente, e sim correm, o que vai contra toda a história de zumbis, que diz que eles não têm inteligência ou capacidade física alguma. O que não quer dizer que isso "estraga" o filme ou coisa parecida - dá mais emoção às perseguições, que são mais acirradas - mas perde um pouco a graça de fazer o que (acho que) todo mundo faz em filmes de zumbis: ficar brigando com o filme porque as vítimas correm dez vezes mais rápido que os zumbis, e mesmo assim são atacados.
Apesar de a trama básica de ambos ser a mesma, o novo filme parece não querer ser apenas uma refilmagem do clássico, e sim um novo jeito de contar a mesma história, atualizada e um pouco diferente. De primeira vista, parece uma idéia das mais pretensiosas, mas, por parível que increça, funciona. Muito bem, aliás. O filme tem lá suas cenas escatológicas (a do bebê, por exemplo), suspense que funciona, cenas de "terror" engraçadas (que, na minha opinião, é o melhor de filmes de terror) e a cena onde eles matam celebridades-zumbi, que vale a pena ver. Sem dizer o final,
que deixa tudo à imaginação do espectador, e não mostra que "oh, tudo acabou e vai ficar bem". Acertaram em cheio.

Friday, December 10, 2004

PUTZGRILA!

O John Lennon morreu esses dias e eu só fui lembrar agora...

Thursday, December 09, 2004

Sanidade, senhoras e senhores, mostraram um pingo de sanidade, vejam só:

Federal do Paraná não poderá adotar cotas

PS: Acabei de dar uma olhada na concorrência do vestibular da UFPR em 2004 e me assustei. Os únicos cursos mais concorridos que jornalismo são medicina, publicidade e direito; ou seja, os óbvios. O que não faz a coisa menos assustadora.
Eu não sei bem o que aconteceu, mas o texto abaixo está impregnado com espírito "Zé"

Reparem nas palavras rebuscadas, na pontuação excessiva, enrolação desnecessária. Tudo coisa de Zé. "Arma. Uma arma. Uma palavra que, por si só traz receio e medo."*

*início de um texto medonhamente escrito pelo Zé em cinco minutos antes do prazo. Era sobre a campanha de desarmamento, apesar de não parecer.
Sob o risco de parecer garotinha-indie-que-quer-parecer-antenada-com-as-novidades-indie-electro-rock-pop-da-cena-undeground-para-ser-cool...

As primeiras vezes que você ouve cansei de ser sexy, a impressão é de que o som é uma grande e bela bosta. Nas seguintes, a impressão é a mesma, mas também é possível perceber que a voz que grita e regurgita as palavras é deveras irritante. Depois desta fase de "reconhecimento de território", a música torna-se suportável. Agradável, diriam alguns. Quando a letra de art bitch, por exemplo, é levada em consideração, a banda acaba sendo engraçada, ao menos. Divertida. Legal. Uia. Falei.

Cansei De Ser Sexy - Art Bitch

my art is called egocentric soft porno
or maybe it's just narcisism
my one and only subject
goes from something like anything but
me-ism

wouldn't it be easier for Beardsley
he could drop the paintings
and photograph his penis
or take pics of the chicks
yeah, you know what i mean
wouldn't it be easier for Escher
he could drop the marh
and make it happen on his matress
2 girls and a cam
3 girls and a cam
put a dog there and you got polaroid scam

I ain't no art-ist
I am an art-bitch
I sell my paintings to the men I eat
I have no port-fo-lee-o
cuz I only show
where there's free al-co-hol

I am so hardcore
I sell my crap and people ask for more
call me revolutionaire
I poo on a plate and get it published on Visionaire
what i do, it's called art-shit
and don't you dare make fun of me
cuz everything i do was featured on the pages of ID

I ain't no art-ist
I am an art-bitch
I sell my paintings to the men I eat
I have no port-fo-lee-o
cuz I only show
where there's free al-co-hol
I ain't no art-ist
I am an art-bitch
I sell my paintings to the men I eat
I have no port-fo-lee-o
cuz I only show
where there's free al-co-hol

lick lick lick my art-tit
suck suck suck my art-hole

I ain't no art-ist
I am an art-bitch
I sell my paintings to the men I eat
I have no port-fo-lee-o
cuz I only show
where there's free al-co-hol

Sunday, December 05, 2004

Escuta... Só eu que sinto um toque de "dia do caos" nisso?

Norte-americana anuncia fantasma de seu pai no site de leilões eBay

Saturday, December 04, 2004

Tchau, pinguim

Depois de um ótimo dia em um parque aquático em Foz (apesar de certo acontecimento cof cof cof, ignora), ontem tive meu último dia de aula, fato que, em situações normais, seria recebido com festa, alegria, serpentina e pulos. Em situações normais, eu disse. O que acontece é que ontem definitvamente não foi um último dia de aula em situações normais, porque três grandes amigos meus não vão estar mais aqui ano que vem: a Rô, uma das pessoas mais queridas, inteligentes e baixas (desculpa, não resisti) que eu conheço, o Zé, que é meu amigo desde a oitava série, e eu não consigo pensar em um único dia em que ele não fez algum comentário estúpido sobre qualquer coisa (tudo, na realidade) e o Kofi, que é o que mais vou sentir falta, já que em janeiro ele volta pro outro lado do Atlântico, e eu não sei como vou viver sem essa criatura de três metros ao meu lado.
Dar tchau pra todo mundo no fim da aula foi difícil, mas mais difícil ainda seria eu conseguir expressar tudo que eu queria dizer pra esses três, principalmente no meio de todo aquele choro (eu realmente não conseguia falar), mas pra ficar no mínimo: vou sentir falta de vocês, tenham certeza.