Saturday, July 31, 2004

coisas que têm a ver com a maldita década de 80, para esconder a minha falta de criatividade e poder postar algo já escrito há um bom tempo.

- Jude Law vai interpretar Ian Curtis (vocalista do Joy Division que se enforcou ouvindo Iggy Pop), em filme-biografia do cantor. Como podemos verificar pela foto abaixo, Law é um ótimo ator.



- JC Chasez, também conhecido como "o cara feinho do n'sync", agora tem carreira solo, obviamente na carona do sucesso do Justin Timberlake, com um single com título pra lá de polêmico: "All day long I dream about sex". Tudo bem; o foda é tentar fazer sucesso com esse visual "sou o filho bastardo de algum proto-indie-homossexual com a Cindy Lauper" e com uma música que, se tivesse sido feita em 1984, já seria ruim. Considerando que ela foi feita esses dias, a coisa tá preta...


eu queria colocar uma foto do clipe, mas como eu simplesmente não achei uma pequena, que coubesse nesse singelo site, contentem-se com a capa do cd do moço, e entrem nesse link aqui pra ver uma foto do clipe. atitude róquenrou, mano.


- então, finalmente chegando no ponto que eu queria, aqui está o texto sobre os anos 80 que eu fiz pro jornal. Críticas construtivas serão bem-vindas. E um título pra matéria, se alguém tiver uma idéia, também será devidamente agradecido com uma presença na minha listinha de pessoas para abençoar quando eu chegar no céu.

Quando vieram os anos 80, o mundo ainda se recuperava das décadas anteriores: revolução estudantil, pílula anticoncepcional, movimento hippie, guerras e golpes militares (Chile e Brasil, por exemplo). Tudo isso havia modificado a sociedade de um modo geral e, depois de duas décadas de lutas, o povo começava a mostrar sinais de cansaço. No fim dos anos 70, a música disco (Bee Gees, Village People, Donna Summer, Abba) já mostrava claramente o desejo de diversão e escapismo do povo. Nos anos 80, então, tudo podia ser diferente: as pessoas podiam ser fúteis e ter preocupações levianas; e foi exatamente isso que aconteceu. A cultura de massa tornou-se cada vez mais descartável, e a década ficou conhecida como a época dos excessos na moda e na música.
Seriados “enlatados” dos Estados Unidos eram exibidos o tempo todo (olhem só quanta coisa mudou...), as novelas eram bastante toscas (é oficial: certas coisas simplesmente não mudam...), todos os meninos queriam se vestir como o Michael Jackson, todas as meninas queriam ser Madonna ou Cindy Lauper, e todos queriam um cabelo i-gual-zi-nho ao exibido por Chitãozinho e Xororó (os tão famosos “mullets” – com certeza, alguém que você conhece já usou esse penteado. Ou até você! Veja só...). OK, talvez certas pessoas não quisessem esse cabelo específico. Pra essas pessoas, existia o penteado "cabelo liso-escorrido com franjinha" (popularizado por Mara Maravilha) e o "vamos entupir o cabelo com todos os produtos capilares conhecidos e ver com que altura ele fica" (o estilo comumente conhecido como "poodle", comum das bandas de heavy metal da época).
A moda da década, então, é medonha: calças baggy (aquelas fechadas na altura do calcanhar com um elástico) com cinturas extremamente altas, roupas de cores gritantes, saias balonê (outra maravilhosa criação, que deixava as mulheres parecendo palhaços, com seu formato de... balão, oras!), ombreiras, maquiagem de cores gritantes, acessórios de cores gritantes (não sei se deu pra reparar, mas nessa época tudo era de cores gritantes). Cabelos bonitos tinham mais de dez centímetros de altura e três quilos de gel (coisa que fazia com que todas as pessoas tivessem cabelos ressecados e armados na época – apesar de que essa era a moda...).
Tudo isso pode soar estranho agora, mas, na época, tudo isso era lindo, maravilhoso. Só na época. O que acontece é que nos últimos anos a mídia (primeiramente a moda, depois a música e o cinema) resolveu fazer um apanhado de algumas das características dos anos 80 para criar uma nova tendência, baseada no que foi feito naquela época.
É claro que não se pode afirmar que a década não teve seus méritos, como, por exemplo, o fim da ditadura militar no Brasil, o que fez com que aquela fosse a primeira vez em muito tempo que o povo teve oportunidade para ter uma cultura verdadeiramente criativa e livre de padrões pré-estabelecidos e imposições sociais (e políticas, principalmente), e também a explosão do rock brasileiro, nascido da fusão entre a new wave e o punk.
E agora estilistas de todo o mundo, com suas desculpas deslavadas de "inspiração na maravilhosa época que foi a década de oitenta", fizeram uma certa lavagem cerebral que convenceu criadores (em termos de moda, principalmente) em todo o mundo. Apesar de a metade do que eles defendem hoje ser o que eles criticavam há alguns poucos anos (oh, coerência, onde você foi parar?)...
Então por que a mídia insiste em dizer que os anos 80 estão de volta? Até alguns anos atrás, a moda dessa época era vista como ridícula por grande parte das pessoas, assim como as músicas com teclados, palminhas, e mais cabelos que qualidade. Se a banda britânica "The Darkness", por exemplo, tivesse surgido há cinco anos, seria engolida por críticas vorazes da mídia e do público, que abominava a maior parte daquela época.
As más línguas afirmam que uma das coisas que os estilistas querem trazer de volta são as calças de cintura alta. Sim, aquelas calças que eram alvo de chacota até pouquíssimo tempo atrás (lembram da piadinha da calça "centro-peito"? então...).
Poxa, ninguém gostou dos anos 80 tanto assim! Não precisa ressuscitá-los tão cedo. Não faz nem quinze anos desde o fim da década em que Michael Jackson ainda era negro, Xuxa (mencionar que ela fazia filmes pornô ou não? oh, dúvida cruel...) era a rainha absoluta dos baixinhos, os Menudos (a primeira banda latina que alcançou sucesso mundial – e ainda tem a enorme honra de ser a primeira “boy band”, e também a banda que revelou Ricky Martin), bandas de heavy metal “poodle” dominavam o cenário musical, teclados eram instrumentos usados à exaustão e Sandy e Junior eram só mais duas crianças razoavelmente anônimas com penteados abomináveis.
Se os estilistas quiserem trazer de volta a moda da cintura alta, por exemplo, vão em frente. Agora quero ver quem vai se sujeitar a ela. De novo, ainda por cima...

Wednesday, July 28, 2004

The O.C.

Não tem como negar que é cópia descarada de Beverly Hills 90210, estilo "indie". E o pior é que eu gosto.
A Day In The Life

Lágrimas, drama, reconciliação e Tubaína, o tubarão gente fina.

Em breve, mais capítulos dessa fascinante história.

Sunday, July 25, 2004

Do que eles tavam falando mesmo??

"(o jogador) D'Alessandro mete bem a bola, toca por trás e é bem criativo"
Homens* não conhecem mais que oito cores, certo?

OK, então eu vou ignorar os comentários de uma certa pessoa que afirmam que as minhas unhas estão pintadas de lilás, violeta, roxo "lésbico" e "roxo-suco-de-uva-da-purilev".

*homens de verdade; metrossexuais e variações são desconsiderados nesse caso.

Saturday, July 24, 2004

Úrsula F. quatro meses, drogada e possuída

Minha mãe deu "erva de gato" pra minha gatinha, tão pequenina e ingênua. A pobre gata tá lá, dopada e alegre. Agora só falta ela me dar uns quilinhos de maconha de aniversário...

ATUALIZAÇÃO: Quando minha mãe tentou tirar o pacotinho de drogas do nariz da minha gata, a gata não pensou duas vezes antes de fincar suas unhas na mão da minha mãe, o que nos leva à conclusão de que drogas realmente são um atalho para a violência.
pequenos erros de comunicação...

(minha mãe faz sopa de agnoline praticamente todo ano no aniversário de um amigo dela.

- Mãe, como que foi lá?
- Ah, esse ano a sopa tava ótima, bem melhor que nos anos passados, (coisa ininteligível), pessoal muito gay...
- Ahn?
- É, ano passado (...) pessoal muito gay.
- Quê??
- ano passado eu salguei demais.
- Ah...

Friday, July 23, 2004

Garfield – O Filme (um post em duas partes)

Parte I – "como é que eu fiz isso?"
Nove da noite tinha sessão de Garfield no cinema; eu, pra ser bem sincera, não tava lá com tanta vontade de assistir, já que só pelo trailer já dava pra sentir o clima do filme (clima também conhecido como "eita, que filminho de merda"). Mas, como todos os planos para a noite foram devidamente recusados, fui no cinema com a minha prima e com a minha tia, sem antes passar em casa pra pegar minha carteirinha do colégio, já que eu me recuso a pagar dez reais pra assistir um filme. Qualquer filme.
Chegando no quarto, tentei ligar a luz, e nada. Lembrei que a lâmpada tinha queimado uns dias atrás e eu havia esquecido de trocar. Tudo bem, a gente sobrevive. Fui direto (no escuro) pro lugar onde eu guardo a carteirinha, embaixo de uma caixinha na estante. Peguei tudo que tinha lá e procurei a carteirinha por tato, mesmo. Achei rapidinho e guardei no bolso da calça. Peguei o carnê de pagamento, já que a carteirinha não tem validade sem o mesmo, e fui embora. Chegando no cinema, fui pra fila, peguei o carnê, que estava na bolsa da minha prima, e peguei a carteirinha no bolso. Mas não! A carteirinha não estava lá. Adivinhem só o que estava lá:
( ) um cheque de quinhentos reais
( ) uma banana
( ) uma almofada
(X) um cartãozinho de tamanho exatamente igual ao da carteirinha, descrevendo as características do meu anjo.

Nem preciso dizer que a mocinha do cinema não considerou o cartão para fazer meia entrada, certo? E eu nem acredito em anjo, ainda por cima...

Parte II – "ah, é, eu assisti um filme. Ou quase isso."
Garfield não vale dez reais, isso é certeza. Sabe quando você compra uma tubaína barata no barzinho-muquifo da esquina, e a mocinha que te atendeu acha que pode te dar o troco com balinha? Então, o filme pode valer, no máximo, umas três balinhas. No máximo. Pra deixar bem claro, eu sou fã de Garfield desde pequenininha (ok, desde que eu era criança, já que eu esqueci de crescer), e nunca esperei que aquilo pudesse virar um blockbuster. Ah... Grande engano. Quer dizer, eu estava completamente certa, já que, como disse a minha prima, aquilo não é um filme do Garfield, e sim um filme de um gato qualquer, do gênero "sessão da tarde". Vamos fazer uma listinha, só pra deixar bem claros os "erros" do filme:

- Garfield não corre, nunca correu, nunca correrá. No máximo, ele se levanta da caminha pra comer lasanha.
- Garfield é sarcástico, cínico e irônico. E não aquela coisa engraçadinha e alegre do filme.
- Garfield não dança, não rebola e não aceitaria um papel tão ridículo quanto aquele do fim do filme, onde ele dança ouvindo James Brown (oh, santa criatividade!)
- Garfield não corre, nunca correu, nunca correrá.
- O Odie ficou feio.
- O ator escolhido pra fazer o papel do Jon tem tanto carisma quanto uma ervilha congelada.
- O Jon nunca conseguiu ficar com uma mulher. E como é que conseguiram fazer com que ele ficasse com a Liz? Nos quadrinhos, a Liz sempre dá os maiores foras nele...
- Lembram de quando fizeram o filme do Scooby Doo e ele ficou muito muito muito feio? Então, conseguiram fazer pior com o Garfield. Perto disso, Shrek mais parece um documentário, de tão real.
- Garfield não corre, nunca correu, nunca correrá. Sim, eu achei que ele correu demais nesse filme.

Eu não esperava que fizessem um filme completamente fiel ao Garfield original, mas sacanearam bonito. É que nem quando Caetano Veloso gravou come as you are. Sacanagem-mor.

Saturday, July 17, 2004

Fuck for the forest

Realmente, deve ser um pouco mais divertido que ficar na rua durante horas, carregando plaquinhas e gritando slogans bestas e correr risco de levar porrada de policiais. E sem a dupla interpretação, só dessa vez.

aviso: afastem as crianças do computador, imagens extremamente explícitas.

Wednesday, July 14, 2004

Top 5

Sim, amiguinhos; esta é mais uma tentativa patética de fazer com que pareça que eu tenho algo a dizer. Para começar esta maravilhosa, incrível, retumbante série:

Top 5 músicas com nomes que são quase maiores que a letra da mesma:

1- REM - It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
2- Led Zeppelin - The girl I love she got a long black wavy hair
3- Interpol - Stella was a diver and she was always down
4- Beatles - Everybody's got something to hide except for me and my monkey
5- Pink Floyd - Several Species Of Small Furry Animals Gathered Together In A Cave And Grooving With A Pict


Menções Honrosas ou "Aquelas Que Quase Chegaram Lá, Mas Faltou Espaço"

White Stripes - I'm finding it harder to be a gentleman
- I want to be the boy to warm your mother's heart
- Well it's true that we love one another
- You're pretty good looking (for a girl)

Rolling Stones - Have you seen your mother, baby, standing in the shadow?
For relaxing times, make it Suntory time!

Depois de "encontros e desencontros" (eu jurei pra mim mesma que não faria trocadilhos bestas do gênero "ha ha ha, o título se desencontrou - ou perdeu, tanto faz - na tradução, ha ha ha"), just like honey transformou-se na música mais deprimente do mundo. E o filme transformou-se em um dos meus preferidos.

Sunday, July 11, 2004

Alguém aí está interessado em comprar a minha alma?

Porque eu li que existe a possibilidade do Strokes vir ao Brasil. E-mail para contato, aí do lado.

Saturday, July 10, 2004

comentários toscos sobre bandas que só eu conheço, mas que deveriam ser conhecidas por outras pessoas - parte dois - The Kills



Comentário que ninguém vai achar útil: Dupla americana, um disco, dois EPs, nomes legais (VV e Hotel)

Comparações bestas: simplicidade máxima, VV tem a voz meio PJ harvey - do jeito dela - e eu, por parível que increça, às vezes acho parecido com Rolling Stones. Vai entender.

Comentários finais: Eu, pessoalmente, na minha humilde opinião, acho que é uma das melhores bandas dos últimos anos, com músicas lock'n'loll puro, e outras acústicas maravilhosas, vocais legais, etc etc etc.

Músicas pra baixar: Cat Claw, Fried My Little Brains, Hitched, Pull a U, Gipsy Death And You, Wait, Kissy Kissy

ps: eu juro que li "gipsy death and you" no encarte de algum cd de alguma banda em algum momento da minha vida; se alguém souber qual é, me diga, por favor uma música do velvet (run run run) tem essa frase, eu tinha esquecido.
comentários tosco sobre bandas que só eu conheço, mas que deveriam ser conhecidas por outras pessoas - parte um - KaitO




Comentário que ninguém vai achar útil: banda britânica, dois álbuns lançados, nenhum no Brasil, quatro integrantes, vocal feminino gritado/sussurrado/incompreensível

Comparações bestas: é como se o yeah yeah yeahs se juntasse com o Elastica, com mais brinquedinhos eletrônicos, e só fizesse músicas boas.

Comentários finais: você nunca vai entender mais que umas dez palavras de cada música; mas não faz diferença.

Músicas pra baixar: Shoot Shoot, Sweet Allie, Go, Cat-Nap, Driving Manual Auto

putiz!

Que diabos aconteceu entre o cara do Charlie Bráun e o Los Hermanos?
"Minha gata" ou "a piada que ninguém vai entender"




sim, estou viva.

Só que essa semana eu simplesmente não tive tempo nenhum para aparecer por aqui, já que tive que fazer uma monografia que vale 10, em dois dias. Claro que eu tive três meses pra fazer, mas deixei pra última hora...
O importante é que eu consegui terminar a tempo (o prazo era sexta-feira; eu terminei a minha parte sexta-feira, de madrugada, e ainda acordei seis e meia da manhã) e não matei ninguém, (mas cheguei bem perto) considerando os imprevisíveis efeitos do stress na minha pessoa, normalmente tão calma...
Mas, acabou, todo mundo tá feliz, já dormi umas trinta horas pra compensar os dois dias dormindo em horários maravilhosos (meia noite, uma hora da manhã) e aconrdando seis e meia para ir para a aula e fazer... NADA - era a úlima semana de aula antes das férias, e ninguém fazia nada (exceto, claro, a prova de recuperação de geometria que eu tive na sexta, para a qual não tive tempo pra estudar, o que era um pouco necessário, considerando o zero que eu tirei na outra prova.)

Ókei, o que realmente importa é que eu to de férias. Finalmente. Eu juro que estava prestes a ter um ataque de nervos.

Saturday, July 03, 2004

...

-Mãe, o Marlon Brando morreu!
-Ah... ele já tava velho, gordo, mau humorado e decrépito. Parecia o Elvis... Deixa ele...

Morre aos 80 anos o ator Marlon Brando.

Como disse a minha mãe, "estou deveras consternada".