Francamente...
Cascavel é o único lugar no mundo onde um encontro de motoqueiros ("motociclistas" é muito aviadado) tem missa e os caras andam pelo calçadão carregando uma santa.
Pensando bem, "motociclistas" tá até másculo demais pra esses caras.
Saturday, October 15, 2005
A lógica de papai Beto:
Eis que esses dias saí pra jantar com meu pai, mas antes disso a gente passou numa casa que tem aqui perto, onde dá pra pegar água, porque os caras têm lençol freático embaixo da casa e o caralho a quatro. Daí como eu estranhei o fato do meu pai fazer isso no mínimo duas vezes por semana, ficar feito um trouxa pegando umas vinte garrafas de água e enchendo-as, perguntei:
Eu – Pai, mas por que você pega água aqui? Não dá pra comprar as garrafas “prontas”?
Pai – Ju, olha só, aqui eu pego água de graça, então com a grana que a gente economiza eu compro cerveja.
Eu - ...
Pai – Se tivesse uma fonte com cerveja, eu compraria água.
Eu - ...
Sério, meu pai é meu herói.
Eis que esses dias saí pra jantar com meu pai, mas antes disso a gente passou numa casa que tem aqui perto, onde dá pra pegar água, porque os caras têm lençol freático embaixo da casa e o caralho a quatro. Daí como eu estranhei o fato do meu pai fazer isso no mínimo duas vezes por semana, ficar feito um trouxa pegando umas vinte garrafas de água e enchendo-as, perguntei:
Eu – Pai, mas por que você pega água aqui? Não dá pra comprar as garrafas “prontas”?
Pai – Ju, olha só, aqui eu pego água de graça, então com a grana que a gente economiza eu compro cerveja.
Eu - ...
Pai – Se tivesse uma fonte com cerveja, eu compraria água.
Eu - ...
Sério, meu pai é meu herói.
Thursday, October 13, 2005
Sunday, August 07, 2005
Saturday, July 16, 2005
Post de abril do ano passado:
" \o\ heeeeeey judeeee..../o/
Por que é que TODO show-homenagem aos “grandes artistas” britânicos, show tributo aos beatles ou qualquer coisa do gênero acaba com todo mundo (todo mundo mesmo, até o assessor de imprensa do cachorro do Paul Mc Cartney, se duvidar, cantando “emocionado” em cima do palco “heeeeeeeey judeeeeeeeeee”? Sem esquecer as mãozinhas pra cima...
\o\ heeey judeeeeeee.... /o/ don’t make it baaaaaaad \o\ take a sad soooooooong.../o/
Deplorável."
Agora me digam, como que acabou o Live 8?
" \o\ heeeeeey judeeee..../o/
Por que é que TODO show-homenagem aos “grandes artistas” britânicos, show tributo aos beatles ou qualquer coisa do gênero acaba com todo mundo (todo mundo mesmo, até o assessor de imprensa do cachorro do Paul Mc Cartney, se duvidar, cantando “emocionado” em cima do palco “heeeeeeeey judeeeeeeeeee”? Sem esquecer as mãozinhas pra cima...
\o\ heeey judeeeeeee.... /o/ don’t make it baaaaaaad \o\ take a sad soooooooong.../o/
Deplorável."
Agora me digam, como que acabou o Live 8?
Coisas que ninguém, em sã consciência, faz às quatro da madrugada, mas eu faço:
Não havia mais uma única alma no messenger, e o orkut já tinha sido fuçado milhões de vezes. Tédio.
E aí, o que eu faço? Simples: entro no Google, e procuro por sites em francês sobre o Haiti. Por quê, você pergunta; porque eu gosto do Haiti. "Mas Julia, sua mula, você não sabe falar francês". Pois é. Isso eu já não sei explicar por que eu fiz (quer dizer, eu fiz porque eu quero feito louca aprender a falar francês, mas ainda não seu quase nada). Mas to tentando ler os sites, juro.
Ouvindo: Arcade Fire - Haiti (letra a seguir com super tradução trílingue simultânea feita pelo Kofi)
Haiti, mon pays, (Haiti meu país)
wounded mother I'll never see
Ma famille set me free.(minha familia, set me free)
Throw my ashes into the sea.
Mes cousins jamais nes hantent les nuits de Duvalier. (my cousins never haunt the nights of Duvalier)
Rien n'arrete nos espirits. (nothing can stop our spirits)
Guns can't kill what soldiers can't see.
In the forest we are hiding,
unmarked graves where flowers grow.
Hear the soldiers angry yelling,
in the river we will go.
Tous les morts-nes forment une armee, (all the dead form an army)
soon we will reclaim the earth.
All the tears and all the bodies
bring about our second birth.
Haiti, never free,
n'aie pas peur de sonner l'alarme. (do not fear to sound the alarm)
Tes enfants sont partis, (your children left)
in those days their blood was still warm
Não havia mais uma única alma no messenger, e o orkut já tinha sido fuçado milhões de vezes. Tédio.
E aí, o que eu faço? Simples: entro no Google, e procuro por sites em francês sobre o Haiti. Por quê, você pergunta; porque eu gosto do Haiti. "Mas Julia, sua mula, você não sabe falar francês". Pois é. Isso eu já não sei explicar por que eu fiz (quer dizer, eu fiz porque eu quero feito louca aprender a falar francês, mas ainda não seu quase nada). Mas to tentando ler os sites, juro.
Ouvindo: Arcade Fire - Haiti (letra a seguir com super tradução trílingue simultânea feita pelo Kofi)
Haiti, mon pays, (Haiti meu país)
wounded mother I'll never see
Ma famille set me free.(minha familia, set me free)
Throw my ashes into the sea.
Mes cousins jamais nes hantent les nuits de Duvalier. (my cousins never haunt the nights of Duvalier)
Rien n'arrete nos espirits. (nothing can stop our spirits)
Guns can't kill what soldiers can't see.
In the forest we are hiding,
unmarked graves where flowers grow.
Hear the soldiers angry yelling,
in the river we will go.
Tous les morts-nes forment une armee, (all the dead form an army)
soon we will reclaim the earth.
All the tears and all the bodies
bring about our second birth.
Haiti, never free,
n'aie pas peur de sonner l'alarme. (do not fear to sound the alarm)
Tes enfants sont partis, (your children left)
in those days their blood was still warm
Friday, June 17, 2005
Saturday, June 04, 2005
Sexo animal
Para aqueles que não sabem, deixo claro que minha gata é bizarra: ela não mia (ela inclusive ficou presa dentro do sofá DUAS vezes - eu relatei uma dessas vezes aqui faz muito tempo - por um tempão, e ninguém a achou, porque ela não miava), ela não fica no colo, ela não faz porra nenhuma, basicamente.
Eis que há alguns dias, ela começou a ter um comportamento suspeito: ficava no colo, gostava de receber carinho, soltava alguns sons que poderiam talvez meio que assim parecer um miado bem baixinho. Normalmente, quando a gente chamava ela, ela simplesmente dava uma olhada e voltava a dormir. Mas agora ela deita no chão e começa a rolar feito modelos do "Wild On" na areia. Tudo culpa dos hormônios: a gata tá no cio. Agora ela fica se esfregando em tudo quanto é coisa com cara de tarada. Não sei mais o que fazer.
PS: quando a gata da minha tia (que é normal, até mia) entrou no cio e tava irritando todo mundo, titia soltou a brilhante pérola: "coitadinha da gata, gente, dá logo uma caneta pra ela se divertir que ela cala a boca...".
Para aqueles que não sabem, deixo claro que minha gata é bizarra: ela não mia (ela inclusive ficou presa dentro do sofá DUAS vezes - eu relatei uma dessas vezes aqui faz muito tempo - por um tempão, e ninguém a achou, porque ela não miava), ela não fica no colo, ela não faz porra nenhuma, basicamente.
Eis que há alguns dias, ela começou a ter um comportamento suspeito: ficava no colo, gostava de receber carinho, soltava alguns sons que poderiam talvez meio que assim parecer um miado bem baixinho. Normalmente, quando a gente chamava ela, ela simplesmente dava uma olhada e voltava a dormir. Mas agora ela deita no chão e começa a rolar feito modelos do "Wild On" na areia. Tudo culpa dos hormônios: a gata tá no cio. Agora ela fica se esfregando em tudo quanto é coisa com cara de tarada. Não sei mais o que fazer.
PS: quando a gata da minha tia (que é normal, até mia) entrou no cio e tava irritando todo mundo, titia soltou a brilhante pérola: "coitadinha da gata, gente, dá logo uma caneta pra ela se divertir que ela cala a boca...".
Thursday, May 26, 2005
Monday, May 23, 2005
Let the good times roll.
Só um comentário a respeito do comentário (?!?!) que o Kofi fez esses dias sobre a minha listinha de músicas, que ele falou de "king of the rodeo", do Kings Of Leon, que realmente é uma música que mata a pau. Só que Kofi, meu amor, o clipe estreou hoje. Mais trash que Brain Dead, eu acho. Mesmo que eu nunca tenha assistido o filme. Pessoas dançando música country como se estivessem em "América". Putz.
Enfim.
Só um comentário a respeito do comentário (?!?!) que o Kofi fez esses dias sobre a minha listinha de músicas, que ele falou de "king of the rodeo", do Kings Of Leon, que realmente é uma música que mata a pau. Só que Kofi, meu amor, o clipe estreou hoje. Mais trash que Brain Dead, eu acho. Mesmo que eu nunca tenha assistido o filme. Pessoas dançando música country como se estivessem em "América". Putz.
Enfim.
Saturday, May 21, 2005
Pobres vietnamitas no meio da sua louça...*
Estava esses dias eu lavando a louça, e pensando com meus botões sobre as funções orgânicas da química... oras, orgânica. E vamos lá, haletos, fenóis, Hanói.
*Comentário do Pedro, companheiro de caos mental.
Estava esses dias eu lavando a louça, e pensando com meus botões sobre as funções orgânicas da química... oras, orgânica. E vamos lá, haletos, fenóis, Hanói.
*Comentário do Pedro, companheiro de caos mental.
Friday, April 29, 2005
Meu inconsciente gosta de mim.
Pois é, hoje tive simulado, e, como esperado, travei em física. Numa belíssima questão envolvendo volts, watts, potência e a puta que vos pariu, olhei, não soube o que fazer, e pensei: "a 'd' tá com uma cara simpática. Escolherei-la-ei.". Errei o gabarito, coloquei a 'a', nessa questão. Pedi outro gabarito, e errei a mesma coisa mais uma vez de novo novamente. Pensei "foda-se, se eu pedir mais um, a professora vai me achar um asno que não sabe nem preencher um maldito gabarito direito". Pois é... Acertei a questão.
Pois é, hoje tive simulado, e, como esperado, travei em física. Numa belíssima questão envolvendo volts, watts, potência e a puta que vos pariu, olhei, não soube o que fazer, e pensei: "a 'd' tá com uma cara simpática. Escolherei-la-ei.". Errei o gabarito, coloquei a 'a', nessa questão. Pedi outro gabarito, e errei a mesma coisa mais uma vez de novo novamente. Pensei "foda-se, se eu pedir mais um, a professora vai me achar um asno que não sabe nem preencher um maldito gabarito direito". Pois é... Acertei a questão.
Saturday, April 16, 2005
It's just a jump to the left! (left, Julia, left!!!)
De repente, toca o telefone. Eu tinha acabado de acordar; eu tava tentando fazer meu café há uns dez minutos e toda hora alguém ligava e interrompia. E mais uma vez, liga um pentelho pra me atazanar. O único detalhe é que essa ligação vinha do outro lado do oceano ("um oceano e uns países insignificantes no meio"), mais especificamente, do Zimbábue. Mais especificamente, de Bulawayo. Mais especificamente, da casa do meu melhor amigo, o Kofi (a.k.a o africano de três metros de altura). Quando eu percebi que era ele, passei três minutos rindo de alegria, surpresa e qualquer outro sentimento confuso possível. Mal consegui acreditar, mas depois de passada a surpresa, veio o diálogo, e isso já valeu pra me alegrar pro resto da semana. A cidade interira já tá sabendo: meu primo ficou quase mais feliz que eu, minha mãe chorou, e todos viveram felizes para sempre.
PS: meu primeiro impulso foi ouvir "the killing moon". ah... good times...
PS2: vou assistir "brain dead" logo, não se preocupe.
De repente, toca o telefone. Eu tinha acabado de acordar; eu tava tentando fazer meu café há uns dez minutos e toda hora alguém ligava e interrompia. E mais uma vez, liga um pentelho pra me atazanar. O único detalhe é que essa ligação vinha do outro lado do oceano ("um oceano e uns países insignificantes no meio"), mais especificamente, do Zimbábue. Mais especificamente, de Bulawayo. Mais especificamente, da casa do meu melhor amigo, o Kofi (a.k.a o africano de três metros de altura). Quando eu percebi que era ele, passei três minutos rindo de alegria, surpresa e qualquer outro sentimento confuso possível. Mal consegui acreditar, mas depois de passada a surpresa, veio o diálogo, e isso já valeu pra me alegrar pro resto da semana. A cidade interira já tá sabendo: meu primo ficou quase mais feliz que eu, minha mãe chorou, e todos viveram felizes para sempre.
PS: meu primeiro impulso foi ouvir "the killing moon". ah... good times...
PS2: vou assistir "brain dead" logo, não se preocupe.
Wednesday, April 13, 2005
O ministério da saúde adverte:
Estudar matemática demais pode causar sérios danos ao seu raciocínio.
Cá estou eu, há mais de três horas estudando, quando me dou conta que tenho um texto de história pra entregar amanhã, que, claro, não fiz. Termino até que rapidinho, e volto pra matemática; quando cansei, fui passar o texto a limpo. É daí que eu vejo a pérola:
"A administração portuguesa proibiu o cultivo de gado (...)."
Estudar matemática demais pode causar sérios danos ao seu raciocínio.
Cá estou eu, há mais de três horas estudando, quando me dou conta que tenho um texto de história pra entregar amanhã, que, claro, não fiz. Termino até que rapidinho, e volto pra matemática; quando cansei, fui passar o texto a limpo. É daí que eu vejo a pérola:
"A administração portuguesa proibiu o cultivo de gado (...)."
Saturday, April 09, 2005
Notícia importante:
O padre que está (bom, pelo menos eu tô assistindo ao vivo - sim, eu não tenho uma vida) celebrando o casamento do Charles e da Camilla parece ter acabado de sair dum filme do Monty Python. "O Sentido da Vida", mais especificamente. Daquela cena da igreja. Eu juro que ouvi ele dizendo "Oh Lord... You are so big... ...So absolutely huge (...) But You are so strong and, well, just so super."
Mas eu acho que foi só impressão.
O padre que está (bom, pelo menos eu tô assistindo ao vivo - sim, eu não tenho uma vida) celebrando o casamento do Charles e da Camilla parece ter acabado de sair dum filme do Monty Python. "O Sentido da Vida", mais especificamente. Daquela cena da igreja. Eu juro que ouvi ele dizendo "Oh Lord... You are so big... ...So absolutely huge (...) But You are so strong and, well, just so super."
Mas eu acho que foi só impressão.
Thursday, March 31, 2005
Meus heróis:
1° lugar, com todas as honras: Severino Cavalcanti
Ah. Bravo homem, corajoso ao extremo (vocês já viram a Dona Amélia?), brilhante e coerente. Sua entrevista à revista VEJA (ok, isso já é velho) realmente me surpreendeu. Ele praticamente diz que comprava votos na sua cidadezinha no cú de Pernambuco, é completamente incoerente ao falar da homossexualidade (sem falar no episódio "você é ativo ou passivo?"), foi o brilhante ser que sugeriu o aumento de salários dos deputados, e, apesar disso não ter sido aprovado (por ora), ele ainda conseguirá fazer um rombo de bilhões nos cofres públicos. Não vê problema algum na contratação de dezenas de familiares de deputados e vereadores como assistentes, pra ganhar até cinco mil reais por mês. Bom homem, esse.
2° lugar, perto de ganhar o prêmio Nobel de Literatura: Aguinaldo Silva
O brilhante autor de "Senhora do Destino", em entrevista não tão recente à Folha de São Paulo (sim, só to escrevendo notícia velha aqui, desculpa), disse o seguinte: "Recentemente passei os olhos por 'Cem Anos de Solidão", e achei uma bobagem."
Eu realmente adoro esse caras.
1° lugar, com todas as honras: Severino Cavalcanti
Ah. Bravo homem, corajoso ao extremo (vocês já viram a Dona Amélia?), brilhante e coerente. Sua entrevista à revista VEJA (ok, isso já é velho) realmente me surpreendeu. Ele praticamente diz que comprava votos na sua cidadezinha no cú de Pernambuco, é completamente incoerente ao falar da homossexualidade (sem falar no episódio "você é ativo ou passivo?"), foi o brilhante ser que sugeriu o aumento de salários dos deputados, e, apesar disso não ter sido aprovado (por ora), ele ainda conseguirá fazer um rombo de bilhões nos cofres públicos. Não vê problema algum na contratação de dezenas de familiares de deputados e vereadores como assistentes, pra ganhar até cinco mil reais por mês. Bom homem, esse.
2° lugar, perto de ganhar o prêmio Nobel de Literatura: Aguinaldo Silva
O brilhante autor de "Senhora do Destino", em entrevista não tão recente à Folha de São Paulo (sim, só to escrevendo notícia velha aqui, desculpa), disse o seguinte: "Recentemente passei os olhos por 'Cem Anos de Solidão", e achei uma bobagem."
Eu realmente adoro esse caras.
Notinhas rápidas sobre um assunto não tão alegre: morte.
* Aqui em casa estávamos fazendo apostas pra ver quem morria antes: a Terri ou o Papa. Mamãe e eu vencemos, mas, pelo jeito que as coisas vão, a gente ganhou por bem pouco.
* A propósito, vou dizer bem a verdade: o Papa já morreu. O vaticano botou aquele cara lá só pra fazer pose e fingir que tá tudo bem, mas, na realidade, O PAPA TÁ MORTO.
* Hoje li um negócio no jornal, que falava sobre a filmagem da Terri, de 2002, onde ela parecia emitir sons e parecia entender o que acontecia à sua volta. Não sou totalmente a favor da eutanásia, mas eu sei de uma coisa: quando parecer que eu estou viva, façam-me o favor de me desligar da tomada. De verdade.
* Aqui em casa estávamos fazendo apostas pra ver quem morria antes: a Terri ou o Papa. Mamãe e eu vencemos, mas, pelo jeito que as coisas vão, a gente ganhou por bem pouco.
* A propósito, vou dizer bem a verdade: o Papa já morreu. O vaticano botou aquele cara lá só pra fazer pose e fingir que tá tudo bem, mas, na realidade, O PAPA TÁ MORTO.
* Hoje li um negócio no jornal, que falava sobre a filmagem da Terri, de 2002, onde ela parecia emitir sons e parecia entender o que acontecia à sua volta. Não sou totalmente a favor da eutanásia, mas eu sei de uma coisa: quando parecer que eu estou viva, façam-me o favor de me desligar da tomada. De verdade.
Thursday, March 17, 2005
Olá.
Como vão os senhores? Reconheço que faz um bom tempo que não escrevo aqui, mas não é por falta de vontade. Ok, na verdade, também é falta de vontade. Mas também falta de tempo (vestibularvestibularvestibular) e saco para com este computador de merda. Logo voltaremos à nossa programação usual.
Muito agradecida, a direção.
Como vão os senhores? Reconheço que faz um bom tempo que não escrevo aqui, mas não é por falta de vontade. Ok, na verdade, também é falta de vontade. Mas também falta de tempo (vestibularvestibularvestibular) e saco para com este computador de merda. Logo voltaremos à nossa programação usual.
Muito agradecida, a direção.
Sunday, February 27, 2005
A lógica brasileira.
Realmente parece muito justo que num país onde mais de um quarto de sua população está abaixo da linha de pobreza (ou seja, ganha menos que um dólar por dia - o que, de fato, seria suficiente pra viver decentemente), os deputados, que já tinham um mínguo salário de R$ 12,8 mil - além de despesas, como viagens, pagas pelo governo - peçam aumento nos seus salários (o que faz a brincadeira valer R$ 21,5 mil). E parece-me mais justo que tudo que esse pedido tenha sido aceito pela Câmara dos Deputados. Afinal, desde quando dezessete milhões anuais seriam úteis aos miseráveis? Dêem-os aos deputados, eles precisam de mais jatinhos particulares e ilhas no Caribe.
A política brasileira vive dois momentos que eu não entendo. Quer dizer, entendo, mas não consigo aceitar que seja a realidade, de tão absurdo que é: esse reajuste salarial dos deputados e a "reforma" do ensino. Desde quando deixar incapacitados entrar em uma universidade é um bom jeito de melhorar a situação do país? Desde quando tirar praticamente toda a verba do ensino fundamental é bom para nosso excelente ensino público? Desde quando?
Desde já, aparentemente.
Realmente parece muito justo que num país onde mais de um quarto de sua população está abaixo da linha de pobreza (ou seja, ganha menos que um dólar por dia - o que, de fato, seria suficiente pra viver decentemente), os deputados, que já tinham um mínguo salário de R$ 12,8 mil - além de despesas, como viagens, pagas pelo governo - peçam aumento nos seus salários (o que faz a brincadeira valer R$ 21,5 mil). E parece-me mais justo que tudo que esse pedido tenha sido aceito pela Câmara dos Deputados. Afinal, desde quando dezessete milhões anuais seriam úteis aos miseráveis? Dêem-os aos deputados, eles precisam de mais jatinhos particulares e ilhas no Caribe.
A política brasileira vive dois momentos que eu não entendo. Quer dizer, entendo, mas não consigo aceitar que seja a realidade, de tão absurdo que é: esse reajuste salarial dos deputados e a "reforma" do ensino. Desde quando deixar incapacitados entrar em uma universidade é um bom jeito de melhorar a situação do país? Desde quando tirar praticamente toda a verba do ensino fundamental é bom para nosso excelente ensino público? Desde quando?
Desde já, aparentemente.
Thursday, February 17, 2005
Friday, February 11, 2005
Thursday, February 10, 2005
Monday, January 31, 2005
Monday, January 17, 2005
Analise a situação a seguir e assinale a alternativa correta:
"Julia, você aceita ficar no meu turno, e fazer, no total, 12 horas de trabalho seguido, bem remunerado e com boa alimentação paga, com essas criancinhas queridas?*".
( )"Não posso, eu ouvi minha mãe me chamando, dá licencinha..."
( )"Não, regime semi-escravo não é comigo"
( )"Não, obrigada"
( )"Nem fodendo!"
( )Todas as alternativas acima
e eu respondi errado.
*Ironia propositalmente colocada por mim para acentuar minha dúvida.
"Julia, você aceita ficar no meu turno, e fazer, no total, 12 horas de trabalho seguido, bem remunerado e com boa alimentação paga, com essas criancinhas queridas?*".
( )"Não posso, eu ouvi minha mãe me chamando, dá licencinha..."
( )"Não, regime semi-escravo não é comigo"
( )"Não, obrigada"
( )"Nem fodendo!"
( )Todas as alternativas acima
e eu respondi errado.
*Ironia propositalmente colocada por mim para acentuar minha dúvida.
Saturday, January 15, 2005
Big Brother Celebrity:
"Apesar de fortes rumores de que Pete Doherty iria aceitar ficar duas semanas trancado em uma casa como cheia de celebrities britânicas por 1 milhão de libras (!), ele aparentemente desistiu na última hora. No seu lugar, puseram o Bez, o dançarino e tocador de maracas (e aparentemente principal fornecedor de drogas e organizador de baladas ) do histórico Happy Mondays. O cara foi o destaque do primeiro episódio, ainda mais louco e sem noção do que o Ozzy Osbourne. Já é líder da bolsa de apostas."
PS: daqui, ó
"Apesar de fortes rumores de que Pete Doherty iria aceitar ficar duas semanas trancado em uma casa como cheia de celebrities britânicas por 1 milhão de libras (!), ele aparentemente desistiu na última hora. No seu lugar, puseram o Bez, o dançarino e tocador de maracas (e aparentemente principal fornecedor de drogas e organizador de baladas ) do histórico Happy Mondays. O cara foi o destaque do primeiro episódio, ainda mais louco e sem noção do que o Ozzy Osbourne. Já é líder da bolsa de apostas."
PS: daqui, ó
Friday, January 14, 2005
Três lições:
Eis que hoje, como em todos os outros dias, eu fui a primeira a chegar; já que depois de dois dias brincar de Dawn of the dead perde um pouco a graça, eu fui esperta e levei um jornal. Passei uns quinze minutos lendo no semi-escuro, até que uma das meninas com quem eu trabalho chegou. Nem uma única alma infante chegou até onze (onze) horas. Primeira lição: chegar adiantada (ou na hora, que seja) só serve pra tirar meu sono.
Quando o amigo que me arranjou esse trabalho me disse que era "uma hora de almoço pago pela organização", eu devo ter entendido errado, já que no primeiro dia tive uns dez minutos de almoço, às quatro da tarde (também conhecida como "a hora na qual eu deveria ir embora"), e no segundo, quinze minutos num cantinho, comendo um X-salada de R$1,20. Já hoje foi excepcional: lá por duas da tarde, eu e as meninas começamos a sentir falta do nosso organizado organizador, que supostamente levaria nossos almoços. Supostamente, eu disse. Nossos almoços são como a terra perdida de Atlântida: dizem que existe, que tá em algum lugar do mundo, que já viram e têm provas. Mas é tudo balela.
Ligamos pro O.O. sete vezes, e ele sempre "estava chegando". Desde as três horas. É. Quinze pras cinco, a hora que eu fui embora, ele ainda "estava chegando". Segunda lição: Não confie muito nos outros, pois você provavelmente vai acabar andando 23 quadras no sol sem comer a oito horas, e isso não é uma diversão das maiores. Tá no páreo entre depilação e ser açoitado como Jesus no filme do churrasquinho do Mel Gibson.
Mas a sorte é que papai é um cara legal e me deu duas ameixas antes de eu sair de casa. Mas o azar é que eu sou generosa e dividi as duas (pequenas) ameixas entre quatro pessoas. Terceira lição: generosidade é uma coisa boa, mas não mata a fome.
PS: post escrito ontem. Hoje eu descobri que o O.O. chegou com a comida (almoço, lembrem-se disso) seis e meia da tarde. Leis trabalhistas, onde estão vocês?
Eis que hoje, como em todos os outros dias, eu fui a primeira a chegar; já que depois de dois dias brincar de Dawn of the dead perde um pouco a graça, eu fui esperta e levei um jornal. Passei uns quinze minutos lendo no semi-escuro, até que uma das meninas com quem eu trabalho chegou. Nem uma única alma infante chegou até onze (onze) horas. Primeira lição: chegar adiantada (ou na hora, que seja) só serve pra tirar meu sono.
Quando o amigo que me arranjou esse trabalho me disse que era "uma hora de almoço pago pela organização", eu devo ter entendido errado, já que no primeiro dia tive uns dez minutos de almoço, às quatro da tarde (também conhecida como "a hora na qual eu deveria ir embora"), e no segundo, quinze minutos num cantinho, comendo um X-salada de R$1,20. Já hoje foi excepcional: lá por duas da tarde, eu e as meninas começamos a sentir falta do nosso organizado organizador, que supostamente levaria nossos almoços. Supostamente, eu disse. Nossos almoços são como a terra perdida de Atlântida: dizem que existe, que tá em algum lugar do mundo, que já viram e têm provas. Mas é tudo balela.
Ligamos pro O.O. sete vezes, e ele sempre "estava chegando". Desde as três horas. É. Quinze pras cinco, a hora que eu fui embora, ele ainda "estava chegando". Segunda lição: Não confie muito nos outros, pois você provavelmente vai acabar andando 23 quadras no sol sem comer a oito horas, e isso não é uma diversão das maiores. Tá no páreo entre depilação e ser açoitado como Jesus no filme do churrasquinho do Mel Gibson.
Mas a sorte é que papai é um cara legal e me deu duas ameixas antes de eu sair de casa. Mas o azar é que eu sou generosa e dividi as duas (pequenas) ameixas entre quatro pessoas. Terceira lição: generosidade é uma coisa boa, mas não mata a fome.
PS: post escrito ontem. Hoje eu descobri que o O.O. chegou com a comida (almoço, lembrem-se disso) seis e meia da tarde. Leis trabalhistas, onde estão vocês?
Tuesday, January 11, 2005
A day in the life
Sabe quando você é criança e a mamãe te leva em lugares que têm parquinho e mocinhas que brincam com as criancinhas, fazem desenhos nos rostos e cuidam dos diabinhos enquanto as mamães relaxam?
Então...
Nunca imaginei - e penso que vai ser um grande choque para quem me conhece (e sabe do meu grande amor por crianças – que eu me tornaria uma dessas mocinhas. O que o dinheiro não faz com as pessoas, né?
Pois então que eu chego para o meu primeiro dia de "trabalho" no horário combinado, quinze pras dez, depois de ter andado apenas dez quadras debaixo de um calor escaldante. O shopping estava fechado. Depois de alguma luta com o segurança, consegui entrar. NENHUM dos organizadores ou qualquer pessoa que ao menos soubesse o que iria acontecer estava lá. Jóia. Passei uma hora sozinha, dando voltas em um shopping vazio. A própria Srta. Dawn of The Dead. Finalmente encontrei uma das meninas que ia trabalhar lá também. Ficamos até meio dia e meia esperando pelo querido e organizado organizador. Carregamos alguns quilinhos de brinquedos, mesas, uma cama elástica (lembrete: carregar e "construir" camas elásticas não é uma opção de carreira), as crianças começaram a chegar. Minha amiga desenhou uma joaninha na minha bochecha. Uma gracinha. Não teve uma alma que não riu da minha cara. As crianças foram, de longe a parte menos cansativa do dia. Divertidas, até. Não me perguntem, eu também não entendo.
Almocei (de graça, pelo menos) às quatro horas e andei dois quilômetros e meio até a minha casa.
O que a gente não faz por dinheiro.
Sabe quando você é criança e a mamãe te leva em lugares que têm parquinho e mocinhas que brincam com as criancinhas, fazem desenhos nos rostos e cuidam dos diabinhos enquanto as mamães relaxam?
Então...
Nunca imaginei - e penso que vai ser um grande choque para quem me conhece (e sabe do meu grande amor por crianças – que eu me tornaria uma dessas mocinhas. O que o dinheiro não faz com as pessoas, né?
Pois então que eu chego para o meu primeiro dia de "trabalho" no horário combinado, quinze pras dez, depois de ter andado apenas dez quadras debaixo de um calor escaldante. O shopping estava fechado. Depois de alguma luta com o segurança, consegui entrar. NENHUM dos organizadores ou qualquer pessoa que ao menos soubesse o que iria acontecer estava lá. Jóia. Passei uma hora sozinha, dando voltas em um shopping vazio. A própria Srta. Dawn of The Dead. Finalmente encontrei uma das meninas que ia trabalhar lá também. Ficamos até meio dia e meia esperando pelo querido e organizado organizador. Carregamos alguns quilinhos de brinquedos, mesas, uma cama elástica (lembrete: carregar e "construir" camas elásticas não é uma opção de carreira), as crianças começaram a chegar. Minha amiga desenhou uma joaninha na minha bochecha. Uma gracinha. Não teve uma alma que não riu da minha cara. As crianças foram, de longe a parte menos cansativa do dia. Divertidas, até. Não me perguntem, eu também não entendo.
Almocei (de graça, pelo menos) às quatro horas e andei dois quilômetros e meio até a minha casa.
O que a gente não faz por dinheiro.
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